Demonstrações Contábeis – (NE) Notas Explicativas – Parte Final

Por Marco Antonio Granado

 

É indispensável a todo gestor conhecer o comportamento econômico-financeiro de sua entidade, com este intuito elaboram-se mensalmente um conjunto de informações que apresentam pormenorizada informações exatas e confiáveis sobre suas atividades empresariais, refletindo como está sua saúde, bem como, realizando a prestação de contas destas atividades, chamamos este conjunto de informações de “Demonstrações Contábeis”.

 

As demonstrações contábeis obrigatórias, após a publicação da Lei 11.638/2007, concomitantemente com o Pronunciamento Contábil CPC 26 (R1) são:

a) (BP) Balanço Patrimonial;

b) (DRE) Demonstração do Resultado do Exercício;

c) (DRA) Demonstração dos Resultados Abrangentes;

d) (DMPL) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, inclui a (DLPA) Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados;

e) (DFC) Demonstração de Fluxo de Caixa;

f) (DVA) Demonstração de Valor Adicionado;

g) (NE) Notas Explicativas.

 

Em continuidade aos 7 artigos, que conterão comentários, orientações e esclarecimento sobre cada uma das “Demonstrações Contábeis” citadas acima, hoje nosso tema é:

 

g) (NE) Notas Explicativas

É uma das demonstrações contábeis mais importantes, sendo reivindicada por todos terceiros interessados em conhecer as informações da entidade que as emite, detalhando os números fechados em uma linguagem mais simples e acessível.

Tem como objetivo principal esclarecer as demonstrações financeiras e apresentar as práticas e critérios contábeis usados, detalhando a composição dos saldos de contas, os métodos de depreciação, entre outros critérios aplicados nas demonstrações contábeis, e as sistemáticas utilizadas na gestão contábil da entidade.

Elas oferecem esclarecimentos sobre todas as outras demonstrações contábeis, por sua relevância em detalhar informações, tornando muito relevantes sua informações existir enorme transparência em seu conteúdo.

 

Entre estas informações contidas nas notas explicativas, estão:

  1. os critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, estoques, depreciação, amortização e exaustão, e provisões;
  2. investimentos em outras sociedades;
  3. aumento de valores do ativo;
  4. os encargos sobre elementos do ativo, garantias prestadas a terceiros, entre outras responsabilidades;
  5. taxa de juros, as datas de vencimentos;
  6. número, espécies e classes das ações do capital social;
  7. opções de compra de ações exercidas;
  8. ajustes de exercícios anteriores;
  9. eventos que possam impactar a situação econômica e os resultados futuros da empresa.

 

Normalmente encontramos sua estrutura dividida nos seguintes tópicos:

  1. contexto operacional
  2. sumário das principais práticas contábeis
  3. estoques;
  4. investimentos;
  5. imobilizado;
  6. diferidos;
  7. financiamento;
  8. capital;
  9. provisão para contingências;
  10. instrumentos financeiros;
  11. cobertura de seguros;
  12. eventos subsequentes.

 

As notas explicativas são parte integrante obrigatória das demonstrações contábeis, sendo seu anexo, contendo o resumo das principais práticas contábeis existentes na entidade.

Ainda observamos uma grande dificuldade, e as vezes uma resistência das entidades em mencionar nesta demonstração contábil, quais informações são, de fato, relevantes.

Um número relevante de entidades erra, inserem nas notas explicativas um número enorme de informação que não são relevantes, dificultando a transparência e a leitura desta demonstração contábil pelo terceiro interessado em suas informações, sendo que seu conteúdo deverá ser suscinto e objetivo entregando mais valor para seu interessado.

E assim, com este último artigo (NE) Notas Explicativas, encerramos o tema “Demonstrações Contábeis” que foi segregado em sete partes, esclarecendo a todos cada uma das demonstrações contábeis de forma sucinta e objetiva.

 

Marco Antonio Granado, empresário contábil, contador, palestrante e escritor de artigos empresariais. Atua como consultor empresarial nas áreas contábil, tributária, trabalhista e de gestão empresarial. Atua como docente na UNISESCON e no SINDCONT-SP. Atua como consultor contábil, tributário, trabalhista e previdenciário do SINFAC-SP e da ABRAFESC. É membro da 5ª Seção Regional do IBRACON. É bacharel em contabilidade e direito, com pós-graduação em direito tributário e processo tributário, mestre em contabilidade, controladoria e finanças.

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