Relevância do planejamento estratégico

Por Marco Antonio Granado

O ambiente macroeconômico ao qual as organizações brasileiras estão submetidos pode conter alto nível de incertezas devido as questões fiscais, tributárias, cambiais, financeiras, mercadológicas, dentre outras e, exatamente por conta dessas intensas agitações e oscilações, as empresas necessitam desenvolver um planejamento estratégico, para verificar e estudar o seu macroambiente, identificando riscos e ameaças, bem como possibilidades oportunidades no movimento das varáveis macro ambientais (Rasmussen, 1990).

 

A existência de flexibilidade na implantação do planejamento estratégico possibilita ao gestor condições para alterar ou modificar os objetivos operacionais, se por ventura o macroambiente se manifestar com variáveis ou alterações políticas, econômicas, sociais, fiscais ou legais (Rasmussen, 1990).

 

O planejamento estratégico provoca um ensaio de transformação nas empresas, implicando a tentativa de alterar a potência de uma empresa em comparação com a potência existente em seus concorrentes, de modo mais competente. Ainda, concentra-se na direção da organização e nas ações necessárias para melhorar seu desempenho. É um processo em que as empresas se qualificam por intermédio de mudanças em sua estratégia, tornando-se capazes de prever com certa antecedência as modificações, no agitado ambiente em que habitam. (O’Regan, Ghobadian, 2002)

 

O planejamento estratégico oferece técnicas ao processo gerencial, auxiliando em face a cenários empresariais complexos e de grande turbulência, sendo fundamental nas organizações. No entanto, aplicar sua prática exige dos gestores grande conhecimento de seu contexto, funcionamento e limites (Coltro & Pazzini, 2016).

 

O planejamento estratégico não garante o êxito da organização, nem mesmo para banir os riscos existentes, mas contribui para que as organizações identifiquem previamente as ameaças futuras. Assim, torna-se possível mudar sua tática de gestão, imprimindo novo rumo, redesenhando sua estratégia, aprimorando seus cenários e sua visão, reduzindo a chance de ocorrências indesejáveis (Coltro & Pazzini, 2016).

 

O planejamento estratégico é, pensamento no futuro e controle desse futuro, é a elaboração organizada de estratégias, atitudes estratégicas e a escolha da melhor atitude no tempo correto para a organização (Kich, Pereira, Emmendoerfer, & Santos, 2008).

 

É elaborado em três etapas:

I) primeira: quando percebe e define a indispensabilidade para organização em fazer um plano estratégico escolhendo seu método;

II) segunda: inicia-se nas reuniões, lugar da efetiva elaboração do plano estratégico, definindo: missão, valores e visão da organização, consequentemente, seus fatores críticos de sucesso; análise de seus fatores externos e internos, a maximização das oportunidades e o controle das ameaças, gerando um diagnóstico estratégico situando a empresa quanto a seus aspectos internos e externos, portanto, definindo a estratégia a ser implementada;

III) terceira: sua implementação (Kich, Pereira, Emmendoerfer, & Santos, 2008).

 

 

Marco Antonio Granado é empresário contábil, contador, palestrante e escritor de artigos empresariais. Também atua como consultor empresarial nas áreas contábil, tributária, trabalhista e de gestão empresarial. É bacharel em contabilidade e direito com pós-graduação em direito tributário e processo tributário, além de mestre em contabilidade, controladoria e finanças. Atua como consultor contábil, tributário, trabalhista e previdenciário do SINFAC-SP e da ABRAFESC e é membro da 5ª Seção Regional do IBRACON.

Start typing and press Enter to search

Shopping Cart